Entre a carne e a poesia (há o osso)

Celestino era talhante nos dias úteis e poeta nos fins-de-semana. Depois de uma semana a esquartejar carcaças, chegou a casa, lavou bem as mãos, garantiu não ter sangue nenhum debaixo das unhas, pegou na caneta – como se pegasse num cutelo – e apontou no papel aquilo que lhe pareceu uma boa conclusão para um poema:

Cuidado
Sei manejar objectos cortantes

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