Dentro da minha cabeça tudo parece mais poético, mais artístico. Parece que quando as palavras saem, e apanham ar, oxidam, como o ferro escarnado em paredes antigas. Soo muito melhor debaixo da pele, dentro do perímetro craniano. Cá fora tudo se atropela, tudo parece gasto. Era óptimo que as palavras jorrassem para fora do corpo como o sangue quando cortamos uma artéria. Seria um belo e infeliz destino para as palavras: jorrarem do corpo como sangue. Mas é talvez isso que elas sejam: sangue. Algo que corre por dentro num circuito fechado. Talvez.
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